segunda-feira, abril 14

Um sistema de climatização mal instalado pode comprometer seu desempenho e durabilidade. Pequenos deslizes durante a montagem afetam diretamente a eficiência energética e a vida útil do equipamento.

Falhas no processo geram problemas como vazamentos de refrigerante e sobrecarga no funcionamento do aparelho. Isso aumenta o consumo de energia e riscos de danos permanentes aos componentes.

A escolha de profissionais qualificados é essencial para evitar esses transtornos. Normas técnicas e orientações dos fabricantes garantem segurança e preservam a garantia do produto.

Modelos Split, muito usados em residências, exigem atenção redobrada. A etapa de vácuo, por exemplo, evita umidade no sistema e assegura a climatização ideal do ambiente.

1. Ignorar as especificações do fabricante e manual técnico

O manual técnico não é apenas um detalhe. Ele contém informações essenciais para o bom funcionamento do produto.

Segundo um instalador de ar-condicionado em SP, desconsiderar essas orientações pode trazer prejuízos ao sistema e reduzir sua vida útil.

Pular etapas críticas como o vácuo e ajuste de fluido

O vácuo é um processo fundamental na montagem. Ele remove umidade e partículas das tubulações, garantindo que o refrigerante circule sem obstáculos. Pular essa etapa causa mau funcionamento e perda de eficiência térmica.

Outro erro comum é não calibrar o fluido refrigerante. Isso gera oscilações na temperatura e aumenta o consumo de energia. Sem o ajuste correto, o compressor trabalha sob carga excessiva, reduzindo sua capacidade.

Usar tubulações ou bitolas incorretas

Tubos com dimensões inadequadas prejudicam o desempenho da unidade. Bitolas menores que o recomendado criam resistência no fluxo do refrigerante. Já as maiores causam perda de pressão e reduzem a eficiência do sistema.

Segundo a Profiz, seguir as tabelas do manual evita vazamentos e problemas na manutenção. Além disso, garante a validade da garantia do fabricante, que pode ser de até seis meses.

Isolamento térmico inadequado também é um risco. Linhas mal protegidas levam a perdas energéticas e condensação indesejada. Isso afeta diretamente o conforto do ambiente.

2. Negligenciar o dimensionamento correto da carga térmica

Escolher a potência ideal para um sistema de climatização é tão importante quanto a instalação em si. Um cálculo de carga térmica incorreto compromete a eficiência do produto e o conforto do ambiente.

Riscos do subdimensionamento: desgaste e alto consumo

Um aparelho com capacidade abaixo do necessário trabalha em excesso para atingir a temperatura desejada. Isso eleva o consumo energia em até 30%, segundo especialistas.

O compressor sofre desgaste acelerado devido ao esforço contínuo. Além disso, a umidade residual pode causar infiltrações e danos à estrutura do ambiente.

Problemas do superdimensionamento: custo elevado e ciclagem excessiva

Um modelo com BTU/h acima do necessário gera gastos desnecessários. Um cliente chegou a pagar 40% a mais por um equipamento superdimensionado.

A ciclagem frequente (ligar e desligar) reduz a vida útil do compressor. A norma NBR 16401 ajuda a evitar esses erros com cálculos precisos.

Ferramentas como a calculadora de BTUs da Leveros garantem a escolha certa. Elas consideram metros quadrados, número de pessoas e outros fatores para indicar a potência ideal.

3. Escolher locais inadequados para as unidades

A posição das unidades influencia diretamente no desempenho e na durabilidade do sistema. Um local mal escolhido pode causar problemas como consumo excessivo de energia e barulho acima do recomendado.

Cuidados com a evaporadora

Móveis, cortinas ou objetos próximos à evaporadora prejudicam o fluxo de ar. A distância mínima de 15 cm da parede evita obstruções e garante a climatização uniforme. Vibrações excessivas também são um risco.

Fixadores anti-vibração reduzem o desgaste dos componentes internos. Um estudo mostrou que ambientes com circulação livre de ar aumentam o rendimento do aparelho em até 18%.

Atenção à condensadora

Unidades externas precisam de espaço para ventilação adequada. Locais confinados, como lavanderias fechadas, elevam o consumo em 15-20%. A norma ABNT limita o barulho a 45 dB em áreas residenciais.

Em edifícios altos, suportes especiais garantem segurança e reduzem ruídos. Uma condensadora mal posicionada pode superaquecer e danificar o compressor em poucos meses.

4. Falhas na infraestrutura do sistema

Um projeto mal executado compromete todo o funcionamento do equipamento. A infraestrutura precisa atender requisitos técnicos para garantir segurança e eficiência energética.

Linhas de refrigerante mal isoladas ou dimensionadas

O isolamento térmico inadequado nas tubulações causa perda de energia. Para linhas de 3/8″, a espessura mínima deve ser de 10mm, conforme normas técnicas.

Sem essa proteção, ocorre condensação excessiva e aumento no consumo. Dados mostram que sistemas com isolamento correto economizam até 12% na conta de luz.

Instalação elétrica fora da norma NBR5410

Fiação subdimensionada representa 28% das falhas em sistemas de climatização. Usar disjuntores incompatíveis com a carga elétrica eleva riscos de incêndio.

Em uma inspeção do CREA, uma empresa recebeu multa de R$ 5.000 por descumprir a NBR5410. Materiais elétricos padrão custam apenas 22% a mais que alternativas não conformes.

Testes de continuidade antes da ativação previnem problemas. Profissionais certificados seguem esses protocolos para assegurar a vida útil do equipamento.

5. Pular testes essenciais pós-instalação

Os testes finais são tão importantes quanto a montagem do sistema. Eles garantem que tudo funcione corretamente e evitam problemas futuros. Ignorar essa etapa pode resultar em falhas que comprometem a eficiência e a vida útil do aparelho.

Não verificar vazamentos de gás refrigerante

Detectar vazamentos é crucial para o bom funcionamento do sistema. Segundo dados, 65% das reclamações pós-instalação estão relacionadas a esse problema. O uso de detectores eletrônicos, exigido pelo selo Procel, é a forma mais eficaz de identificar falhas.

O teste de pressão com nitrogênio ajuda a encontrar microvazamentos. Essa técnica evita perda de fluido refrigerante, que pode reduzir a eficiência térmica em até 40%. Um kit profissional com manômetro digital é essencial para resultados precisos.

Ignorar a conferência dos drenos e umidade residual

A umidade residual no sistema é um risco silencioso. Ela pode corroer as serpentinas em menos de um ano, segundo especialistas. A inclinação correta dos drenos, com mínimo de 2° de declive, previne acúmulo de água e entupimentos.

Dados da ABRAVA mostram que 30% dos custos com manutenção poderiam ser evitados com testes adequados. Um aspirador de vácuo profissional remove partículas e garante a secagem completa das tubulações.

6. Contratar serviços baseados apenas no preço

Economizar na montagem do sistema pode sair caro. É comum buscar orçamentos mais baixos, mas a qualidade do serviço deve ser priorizada. Profissionais qualificados garantem eficiência e evitam problemas futuros.

Riscos de instalações por profissionais não credenciados

Técnicos sem certificação aumentam os riscos de falhas. Um exemplo é o caso Leveros, onde um cliente perdeu a garantia de 5 anos por contratar um serviço não autorizado.

As certificações obrigatórias incluem NR-10, curso do fabricante e ART assinada. Sem esses requisitos, a manutenção fica comprometida.

Reparos por erros chegam a custar R$ 1.200, enquanto uma instalação profissional varia entre R$ 300 e R$ 500.

Perda da garantia do fabricante

Segundo dados, 78% das perdas de garantia ocorrem por uso de mão de obra não credenciada. Empresas como a Profiz oferecem técnicos certificados pela ABRAVA e garantia de 6 meses.

Além da segurança, serviços especializados trazem vantagens como pagamento em 12x e agendamento online. Em casos de danos à propriedade, o instalador responde civilmente, conforme a legislação.

7. Garanta eficiência e durabilidade evitando esses erros

Um sistema de climatização bem instalado opera com até 95% de eficiência nominal, segundo especialistas. Isso garante menor consumo de energia e maior vida útil, que pode chegar a 12 anos.

Para evitar problemas, confira sempre as certificações do técnico e avaliações online. A ABRAVA comprovou que boas práticas reduzem o consumo em 35%. Isso traz economia a longo prazo.

Priorize segurança e qualidade ao contratar profissionais. Eles seguem normas técnicas e usam ferramentas adequadas. Sistemas com manutenção correta têm desempenho superior e menos falhas.

Quer garantir o melhor resultado? Agende seu serviço com especialistas credenciados. Eles oferecem garantia e instalação precisa para máximo conforto.

Imagem: canva.com

Giselle Wagner é formada em jornalismo pela Universidade Santa Úrsula. Trabalhou como estagiária na rádio Rio de Janeiro. Depois, foi editora chefe do Notícia da Manhã, onde cobria assuntos voltados à política brasileira.