sábado, junho 14

Se você está pensando em tirar sua primeira CNH nas categorias A (moto) ou B (carro), ou já está em processo, fique ligado. Um novo exame toxicológico pode ser exigido, caso um Projeto de Lei seja aprovado logo.

Atualmente, esse exame é obrigatório apenas para motoristas profissionais das categorias C, D e E. Com as mudanças, motoristas que desejam habilitação também vão precisar passar pelo teste, trazendo ajustes importantes para quem quer dirigir.

Essa nova regra, que está aguardando a sanção do presidente, pode aumentar bastante a quantidade de exames realizados no Brasil. Isso gera discussões sobre os custos e o impacto que isso trará para quem busca a primeira habilitação.

Mas o que é esse exame, como ele é feito? Quais substâncias ele verifica? E por que ele agora será obrigatório para quem quer a CNH A e B? Neste texto, vamos explicar tudo sobre esse exame, como funciona, o que vai ser necessário e quais podem ser as consequências para o sistema de habilitação no país.

O que é o exame toxicológico e como ele funciona?

O exame toxicológico é um teste que identifica o uso de drogas psicoativas, como cocaína, maconha, anfetaminas e opiáceos, nos motoristas. O objetivo é garantir que eles não estejam sob efeito de substâncias que possam prejudicar a direção.

A Lei 14.071/2020 já exige o exame para motoristas de categorias C, D e E. Com a nova proposta, essa exigência vai se estender para quem busca a primeira habilitação nas categorias A e B.

O procedimento do exame é simples. É feita a coleta de amostras de cabelo ou pelos, que ajudam a identificar se houve uso de substâncias nos últimos 90 a 180 dias. A coleta deve ser feita em locais específicos, onde a amostra é lacrada na presença do doador e enviada para análise. Se houver detecção de drogas, o motorista pode ficar sem a CNH.

Substâncias mais comuns detectadas no exame

O exame toxicológico busca identificar várias substâncias que podem comprometer a segurança no trânsito. As principais drogas que ele detecta são:

  1. Cocaína: Comum em testes, é muito viciante e prejudica as habilidades motoras.
  2. Opiáceos: Como morfina e heroína, alteram a percepção e o tempo de reação.
  3. Anfetaminas: Aumentam a concentração, mas também podem causar comportamentos arriscados.
  4. Maconha: Mesmo com a legalização em alguns lugares, seu uso é proibido para motoristas no Brasil.

Essas substâncias prejudicam a capacidade de reação do motorista, aumentando o risco de acidentes. Por isso, o exame é importante para garantir que eles estejam dirigindo em condições seguras.

O impacto da lei e a demanda pelo exame toxicológico

O Projeto de Lei 3965/21, que aguarda a sanção presidencial, pode aumentar a demanda por exames toxicológicos no Brasil. Se aprovado, estima-se um aumento de até 60% no número de testes realizados por mês.

Essa mudança pode ter um impacto direto na indústria de exames e nos custos para quem está tirando a primeira habilitação. Com mais pessoas realizando esses testes, a procura por laboratórios vai crescer, e os motoristas precisam estar cientes dos gastos envolvidos.

Além disso, essa exigência pode aumentar o tempo e o custo para obter a CNH, pois os candidatos terão que fazer o exame antes de receberem a habilitação.

Quais são as consequências de não passar no exame toxicológico?

Se o motorista não passar no exame toxicológico, ele não vai conseguir obter a CNH. Um resultado positivo para substâncias psicoativas impede a concessão da habilitação, gerando frustração para quem está ansioso para dirigir.

A boa notícia é que o motorista pode refazer o exame depois, desde que sua saúde e hábitos em relação ao uso de substâncias mudem. Se o exame for feito após a emissão da CNH e o motorista for pego dirigindo sob efeito de drogas, ele pode enfrentar penalidades mais severas, como multa e até suspensão da habilitação, dependendo da gravidade do caso.