terça-feira, dezembro 24

A velhice é uma consequência natural de quem viveu por muitos anos. De acordo com o Estatuto da Pessoa Idosa, para ser considerado como tal é preciso ter completado 60 anos ou mais. Esse quadro vem se tornando cada vez mais comum por conta do aumento da expectativa de vida dos brasileiros.

Porém, o processo de envelhecimento pode afetar a autoestima, especialmente quando a maneira que a pessoa se enxerga é sempre negativa em razão de sua idade. É aí que entra a valorização da autoestima, unindo aspectos físicos, como a escolha por calçados e roupas confortáveis, mas, principalmente, o autocuidado.

Envelhecer não precisa ser sinônimo de algo ruim quando você sabe lidar com suas próprias limitações e, mais ainda, consegue enxergar o lado bom de tudo isso. Confira a seguir algumas contribuições que vão te ajudar a melhorar sua autoestima na terceira idade.

Aceitando a própria idade

Uma das maiores dificuldades para qualquer ser humano é a aceitação quanto aos seus próprios limites. O corpo de uma pessoa idosa, possivelmente, não terá o mesmo desempenho, velocidade, tônus muscular e elasticidade de um corpo de adolescente. Isso é fato e independe do nosso querer.

Em contrapartida, isso não significa que virar idoso seja simplesmente se aposentar e tornar-se uma pessoa inválida ou algo do tipo. Quando falamos de aceitação, estamos falando muito mais de respeitar os próprios limites do que de se enxergar de uma maneira tão negativa.

É essa aceitação que faz com que a pessoa idosa consiga fazer escolhas que são mais adequadas ao seu estilo de vida, aos seus gostos pessoais e, é claro, à sua personalidade — afinal de contas, ninguém é igual a ninguém. Não é porque você envelheceu que precisa caber no estereótipo do “bom velhinho”.

Esse, talvez, seja o primeiro passo para a valorização da autoestima de quem é idoso, porque faz com que a pessoa consiga enxergar seus limites, respeitá-los, mas sem deixar de fazer o que gosta ou o que quer. É saber adaptar-se à sua realidade, assim como a correnteza de um rio.

Atitudes para ajudar a melhorar a autoestima

Como você pôde ver, a aceitação é o primeiro passo quando se trata de melhorar a autoestima. A seguir, apresentamos outras atitudes que vão lhe ajudar nessa trajetória em prol da valorização de si mesmo na velhice.

Pratique atividades físicas

A perda da massa muscular atrelada a doenças motoras é bastante sintomática durante a terceira idade. Isso, porém, não deve impedi-lo de buscar alternativas para fortalecimento físico, a exemplo de caminhadas, hidroginástica ou pilates.

Se desejar fazer atividades mais pesadas, fale com seu médico e veja quais são as orientações. Cada pessoa deve considerar o que pode ou não fazer, principalmente quando há doenças já existentes, como hipertensão, diabetes e artrite.

Arrume-se para você

Não é porque você não é mais um adolescente que não deve se arrumar. Pintar as unhas ou as madeixas, fazer uma escova, usar maquiagem, fazer um corte de cabelo, aparar a barba ou até mesmo usar um novo penteado são bons exemplos.

Mudar o visual e comprar roupas estilizadas também são possibilidades, desde que você se sinta confortável. Lembre-se: autocuidado não é vaidade. Seja qual for a sua idade, você deve se cuidar para se sentir bem. 

Tenha uma vida social ativa

Sair com um grupo de amigos, tomar um café com uma pessoa querida ou mesmo fazer um passeio no parque da cidade. Essas são apenas algumas das diversas atividades que ajudam a manter a sua vida social mais ativa.

Estar em contato com outras pessoas é extremamente importante, até porque muitos idosos se queixam da solidão. Busque por grupos de apoio e crie novos laços, se esse for o seu caso. O importante é achar o que lhe faz bem.

Tenha uma vida financeira organizada

Uma vida financeira organizada pode ser fundamental para a saúde emocional e para a autoestima de uma pessoa.

Quando as finanças estão desorganizadas, as dívidas acumulam-se, as preocupações aumentam e autoestima pode ser afetada diretamente.

Quando se trata de lidar com questões financeiras na terceira idade, muitas pessoas enfrentam desafios, especialmente aquelas que já se aposentaram e dependem de uma renda mais limitada.

No entanto, existem soluções financeiras disponíveis para ajudar a aliviar a pressão financeira e manter a autoestima.

Um desses recursos é o empréstimo para representante legal. Este tipo de empréstimo é interessante para pessoas idosas e oferece condições mais flexíveis e taxas de juros mais baixas do que outros tipos de empréstimos.

Giselle Wagner é formada em jornalismo pela Universidade Santa Úrsula. Trabalhou como estagiária na rádio Rio de Janeiro. Depois, foi editora chefe do Notícia da Manhã, onde cobria assuntos voltados à política brasileira.