Quais os impactos de uma moeda comum sul-americana? Proposta de moeda única entre Brasil e Argentina começa a ser estudada. Entenda quais os seus impactos e como ela pode afetar a economia
A proposta de criação de uma moeda única apresentada pelos presidentes de Brasil e Argentina levou a muitos questionamentos a respeito do seu funcionamento: quando isso ocorrerá? Como ela vai funcionar? Entre outros.
De fato, a criação de uma moeda única pode aumentar a autonomia e controle financeiro no exterior desses dois países, mas exige cuidados quanto a sua implementação e funcionamento.
No artigo abaixo, você vai entender um pouco mais do contexto atual e saber quais os impactos de uma moeda única entre países sul-americanos.
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A proposta da moeda comum entre Brasil e Argentina
No início de 2023, o presidente Lula anunciou que o Brasil e a Argentina vão criar uma moeda comum chamada Sur (que significa “sul”, em espanhol). A ideia da proposta é simplificar o comércio e as finanças entre os países.
Dessa forma, seria possível reduzir custos e não precisar mais depender de outras moedas estrangeiras, como dólar ou euro, para realizar suas transações econômicas.
Um grupo de trabalho será criado para analisar a criação da moeda comum para ser usada nas transações entre os dois países. O objetivo é diminuir a dependência do dólar, moeda dos Estados Unidos usada para muitas transações internacionais.
O que é moeda única?
Moeda única é o nome dado a uma moeda que é utilizada como meio de pagamento em vários países que formam uma união econômica ou monetária. Por exemplo: o euro, uma moeda que é usada por diversos países da União Europeia.
De fato: uma moeda desse tipo funciona com diversas características específicas, como suprimento monetário e taxas de juros controlados por um órgão central, integração financeira e políticas econômicas alinhadas, assim como mecanismos de ajuste para lidar com desequilíbrios.
Por isso, a adoção de uma moeda única requer uma grande cooperação entre os países da união econômica, incluindo a criação de uma autoridade monetária central para gerenciar a moeda e políticas fiscais comuns.
Impactos positivos de uma moeda comum sul-americana
A implementação de uma moeda comum na América do Sul teria vários impactos positivos na região. Em primeiro lugar, ela pode aumentar a integração comercial entre os países sul-americanos, facilitando o comércio e os investimentos.
Sendo assim, isso pode resultar em uma maior eficiência econômica e uma ampliação das oportunidades de negócios entre os países que fazem uso da moeda.
Além disso, a adoção de uma moeda comum eliminaria a necessidade de conversão de moedas, reduzindo os custos de transação e tornando mais fácil para as empresas operarem em vários países.
Por fim, há o benefício da estabilidade financeira. A moeda comum pode trazer estabilidade financeira para a região, especialmente em momentos de instabilidade econômica.
Dessa forma, a moeda comum pode ajudar a proteger a região contra a volatilidade dos mercados internacionais.
Quais os cuidados para implementar uma moeda única sul-americana?
Além de pontos positivos, existem outros aspectos que exigem cuidado para que seja possível adotar uma moeda única.
Primeiramente, há a perda de soberania monetária. A adoção de uma moeda comum significa que os países sul-americanos teriam que renunciar parte de sua soberania monetária, cedendo o controle de algumas atividades para um órgão central.
Além disso, essa iniciativa pode criar desequilíbrios econômicos entre os países membros, especialmente considerando que as economias brasileira e argentina possuem particularidades em termos de tamanho, crescimento e inflação.
Por fim, a adoção dessa moeda pode ser difícil e demorada, especialmente considerando as diferenças culturais, políticas e econômicas existentes entre Brasil e Argentina (e outros países, caso estes desejem adotar a moeda única).
Ou seja, trata-se de um projeto que exige bastante cuidado para que seja implementado e que merece um debate aprofundado ao longo dos anos a fim de que seja eficiente.