sábado, dezembro 14

O turismo no mundo pós-covid está entre os setores mais afetados pela crise do COVID-19. Mais de um ano desde o início da pandemia, os números são impressionantes. Os destinos turísticos registraram um bilhão a menos de chegadas internacionais em 2020 do que em 2019.

Um declínio profundo nas viagens internacionais levou a uma perda de cerca de US $1,3 trilhões em receitas de exportação, mais de 11 vezes a perda durante a última crise econômica em 2009.  

100 a 120 milhões de empregos no turismo foram colocados em risco, grande parte nas pequenas e médias empresas.  

Efeitos da Covid-19 no turismo

Esta é uma grande preocupação para as economias em desenvolvimento, à medida que traçam um curso em direção à recuperação. 

Impulsionado pelos setores público e privado, o turismo não é apenas uma fonte vital de moeda estrangeira, mas tem o potencial de servir como uma ‘ferramenta’ de desenvolvimento para fortalecer as cadeias de abastecimento, melhorar a produtividade das empresas locais, criar um em cada dez empregos e gerar renda para mulheres e jovens. 

Obviamente, a COVID-19 começou como uma crise de saúde, e melhorar a segurança da saúde e aumentar a confiança dos viajantes é o desafio imediato que os países precisam enfrentar. 

Turismo no mundo pós-covid: futuro do Turismo

Os governos continuam a ver a necessidade de protocolos sólidos de saúde e saneamento na medida em que buscam proteger os turistas e residentes.   

Tudo indica que, a curto prazo, as viagens mudarão para conduções de carros, viagens domésticas próximas, bem como um forte crescimento no turismo de natureza e aventura, destacando a crescente importância que os consumidores estão dando à sustentabilidade. 

A procura por lugares para viajar em dezembro é uma ótima oportunidade para uma alavancada no turismo, principalmente com o avanço das vacinações em todo o Brasil. 

Os programas de estímulo à recuperação do turismo poderiam se concentrar na reconstrução de locais turísticos. De forma para serem mais sustentáveis, o que criaria empregos na reconstrução e também aumentaria sua atração. 

Como por exemplo a pousada em Japaratinga Paraíso dos Coqueirais, que recebeu o Selo Safe Travels (Viagens Seguras), um selo mundial, criado pela ONG inglesa WTTC (World Travel & Tourism Council), que serve para reconhecer empresas privadas e destinos promotores de boas práticas para prevenção do coronavírus.

A tecnologia digital é outra área que merece atenção 

A tecnologia continuará a desempenhar um papel crescente no turismo de longa duração, à medida que mais trabalhadores procuram opções remotas e de teletrabalho. 

Portanto, a crise do COVID-19 aumentou o número de nômades digitais em busca de oportunidades de trabalho em destinos turísticos.  

À medida que as vacinas são lançadas e os escritórios reabrem, os destinos precisarão ficar de olho na durabilidade desse mercado.  

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Turismo no mundo pós-covid: o caminho para a recuperação do turismo e das viagens exigirá inovação e colaboração

Embora a pandemia esteja longe de terminar, devemos também planejar envolver o governo, o setor privado, a sociedade civil e outros parceiros. E se preparar para a mudança dos modelos de negócios e estruturas de governança para atender a novas e diferentes demandas. 

Portanto, comunicar-se de forma clara reconstruirá a confiança do investidor e consumidor no curto prazo. 

Sendo assim, no longo prazo, fortalecer a sustentabilidade e a resiliência e compartilhar os benefícios de forma mais equitativa também será essencial. 

Juntas, essas abordagens podem revitalizar o setor de turismo global. Aproveitando seu poder de criação de mercado para apoiar economias, criar empregos e impulsionar resultados de desenvolvimento. Sendo assim, colocar as pessoas e suas comunidades em primeiro lugar.

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Giselle Wagner é formada em jornalismo pela Universidade Santa Úrsula. Trabalhou como estagiária na rádio Rio de Janeiro. Depois, foi editora chefe do Notícia da Manhã, onde cobria assuntos voltados à política brasileira.